O damasqueiro do meu avô Anacleto
Algumas pessoas com ligações à agricultura disseram-me
que a maioria dos damasqueiros que se plantam aqui em Mortágua dão poucos ou
nenhuns frutos. No entanto, decidi fazer a minha tentativa de contrariar os
rumores e plantei duas árvores no meu quintal. Cresceram rapidamente,
tornaram-se dois lindos exemplares, mas ao fim de vários anos permaneceram
firmes no seu desígnio – de damascos nem sinais! Contrariado, dei-me por
vencido e cortei os damasqueiros.
Mas na minha memória persiste o damasqueiro que tinha o
meu avô Anacleto, mesmo à entrada da sua casa na Gândara.
Produzia abundantemente todos os anos, e era possível
comer damascos, diretamente da árvore, como vemos nesta fotografia. Ao cimo
das escadas de acesso ao 1º andar existia um varandim, no qual podemos ver os
meus avós e a minha prima Celeste, já falecida, e o seu filho Toninho, durante
uma visita aos meus avós.
Que saudades desses frutos saborosos e tão facilmente acessíveis,
mas que fotografia a preto e branco e com pouca definição não permite ver bem.
Infelizmente, o damasqueiro acabaria por secar, alguns
anos depois.

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