Migado ou de barrufo?
No primeiro quartel do séc. XX era frequente
os médicos do concelho de Mortágua deslocarem-se muitos quilómetros, por maus
caminhos, a pé ou a cavalo, para observarem os seus pacientes. Essas
deslocações eram demoradas e sem duração prevista. Numa dessas ocasiões, o Dr.
Joaquim Tavares Festas aceitou o almoço que os familiares do doente lhe
ofereceram, dado que estava com fome, e tinha pela frente algumas horas de
caminho até chegar a sua casa.
Foi-lhe servido um prato de batatas com sardinha salgada, que era um pitéu para quem vivia no isolamento da serra . A dona da casa indagou se o sr. doutor queria azeite e alho para temperar a comida. O doutor respondeu afirmativamente e a senhora, muito solícita, logo perguntou: “Quer o alho migado, ou de barrufo?”.
O convidado não imaginava o que fosse o “barrufo”, mas curioso e decidido a experimentar, respondeu: “De barrufo, se faz favor.”
De imediato, a anfitriã meteu vários dentes de alho na boca, mastigou-os e borrifou o prato das batatas e sardinha, deixando o ilustre clínico boquiaberto.
Se é fácil imaginar o espanto causado ao doutor, já não conseguimos adivinhar os argumentos que terá usado para escapar à “sardinha barrufada”, sem ofender a senhora.
Foi-lhe servido um prato de batatas com sardinha salgada, que era um pitéu para quem vivia no isolamento da serra . A dona da casa indagou se o sr. doutor queria azeite e alho para temperar a comida. O doutor respondeu afirmativamente e a senhora, muito solícita, logo perguntou: “Quer o alho migado, ou de barrufo?”.
O convidado não imaginava o que fosse o “barrufo”, mas curioso e decidido a experimentar, respondeu: “De barrufo, se faz favor.”
De imediato, a anfitriã meteu vários dentes de alho na boca, mastigou-os e borrifou o prato das batatas e sardinha, deixando o ilustre clínico boquiaberto.
Se é fácil imaginar o espanto causado ao doutor, já não conseguimos adivinhar os argumentos que terá usado para escapar à “sardinha barrufada”, sem ofender a senhora.
Sem comentários:
Enviar um comentário